As ruas molhadas
De lágrimas
De olhos vermelhos e tristes
De fome
Pernas e mãos
Raquíticas
Andando nessas ruas
Formam populações
Nos belos campos
De pedra e jardins
De agulha
O asfalto duro
De descaso
Transpiram vapores
Ácidos
Que corroem os pés
Daqueles que não os têm
— Menino, calça o chinelo !
— Parado aí, senão eu atiro ...
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